“A pior corrupção é gerar exclusão e fome”, diz dom Mauro Morelli
Bispo emérito da Diocese de Duque de Caxias e presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais, dom Mauro Morelli, 77 anos, é um dos principais ativistas contra a fome no país.
A vitória nessa batalha, prega dom Mauro, reside em medidas que diminuam a desigualdade de renda.
“A pior corrupção é um país concentrar riqueza e gerar exclusão e fome”, disse Dom Mauro ao jornal Zero Hora.
“O que nós produzimos no país deve se reverter em bens repartidos. Precisamos que haja um ajuste na distribuição dos bens. Com tudo que já se fez, e foi feito muito, acabou que foi pouco, dada a amplitude do problema.”
Dom Mauro defendeu a “revisão do modelo de desenvolvimento e de concentração de riqueza”.
“É preciso taxar grandes fortunas, rever essa estrutura. É uma questão de segurança nacional. Como as pessoas vão se alimentar se não têm recursos? Outra coisa que é importante é de natureza da política agrária e agrícola. Reforma agrária é um projeto capitalista, não socialista. Os Estados Unidos fizeram, o Japão fez, e o Brasil, não.”
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